31 de agosto de 2009

Quem sou eu? Será que as minhas palavras são feitas sob medida?

Posso atribuir vários adjetivos a mim mesma, tais como:

- Amontoado de átomos que formam essa carcaça fraca.

- Aglomeração de ações que não correspondem a muitos de seus ideais.

Por que o ‘eu lírico’ da literatura tem que ser mais compreensível do que o MEU ‘eu lírico’?
Deve ser por que não podemos ver, na íntegra, o lado das outras pessoas e, por isso, não temos a versão de todos na trama que se passa: A vida.

Eu sou um nome? Jessica. Nessas letras se formam um simples substantivo que, para mim, não tem nenhuma conexão com o que sinto.

Sou um número de identificação? Qual será o modelo do meu número de série? Não. Eu não acredito que os seres humanos são ditados para serem máquinas sem sentimentos. Acredito que somos a junção da nossa própria vivência. Eu sou uma junção que compõe a Jessica que escreve este texto.

Por que eu tenho que pagar pelos erros dos outros?

Por que eu nasci em uma época em que já está tudo pronto, à minha espera?

Eu ainda não fiz nada de honroso para a humanidade. Não fiz um livro, não plantei nenhuma árvore e muito menos deixei alguma prole.

Será que nunca passou pela sua mente?...

Qual o sentindo de vivermos sujeitos a erros milenares?

Algumas pessoas já me disseram que eu passo sentimentos de confusão em minhas palavras. Admito que sou confusa. Confusa comigo mesma. Confusa com o mundo que me é imposto no cotidiano. O “porquês” da vida me consomem muitas vezes.

Será que sou anormal?

Será que o leitor nunca pensou em algum dos sentimentos ou ideias que escrevi?

Ou será que eu estou sozinha nesse oceano de interrogações?

30 de agosto de 2009

Quem é você? Será que as suas palavras são feitas sob medida?

É. Eu acho que vivo de aparências. Consigo, agora, perceber a complexidade dos meus atos, pensamentos e palavras. O engraçado é que sempre me orgulhei de não ser a típica ‘Maria vai com as outras’ que eu enxergava nas pessoas ao meu redor. Se necessário, gritaria este fato consumado para qualquer pessoa. Encho os pulmões para me orgulhar o quanto mudei e que agora sou uma pessoa esclarecida. Falo de meus erros passados como se a verdade absoluta estivesse ao meu lado no presente. Quanta arrogância, a minha.

Insegurança.

Foi quando a Márcia, delicadamente, me expunha o meu erro que um ‘CLICK’ se fez presente para me fazer notar uma pequena porção daquilo que eu não sabia, ou queria saber. Suavemente, ela me surpreendeu com mais uma observação em que eu pude perceber o que era evidente. A insegurança.

Admito que não lembro de determinados momentos de nossa conversa, uma vez que eu estava no meio do furacão de pensamentos. Lembranças que só serviam para me mostrar o quanto àquela mulher estava certa ao me apontar uma pequena opinião. Fui sugada para o meu banco de memórias só para constar o tamanho da palavra que estava me assombrando naquele momento. I-N-S-E-G-U-R-A-N-Ç-A. E nesse momento eu me senti nua. Senti o muro invisível construído em volta deste fato balançar e, como num passo de mágica, ele se mostrou diante de mim, com letras garrafais que diziam: “Patrimônio tombado”. No terminar da leitura e releitura da frase, senti um frio correr minha espinha vertebral. Para derrubar aquele muro de Berlim, eu teria que enfrentar uma guerra. A batalha seria contra o meu maior e mais forte inimigo: Eu mesma. O Ocidente e Oriente, que são as vítimas do meu julgamento, merecem a época de paz. Será que sou forte o suficiente?

Quanto mais penso sobre isso, mais eu vejo que muitas das minha ações e pensamentos são reflexo dessa insegurança toda. Quanto eu já perdi por estar presa às minhas próprias convenções? Estou me deparando agora com o mundo difícil que é a minha cabeça, os meus sentimentos. O que devo fazer para mudar?

Eu não gosto que as pessoas me julguem, mas mesmo assim eu julgo os que estão a minha volta. Hoje, quando fui para aula, me peguei em vários momentos julgando os outros, criticando mentalmente as atitudes deles. Isso é errado, não é? Percebi que faço do meu cérebro um grande tribunal da justiça, onde a única Lei que vale é a minha verdade. Notei que passo mais tempo nesse caminho do que em qualquer outro. Parece que nesse tempo todo que fiz da minha alma a prisão dos ‘achismos’ sobre tudo e todos, eu empobreci o meu espírito.

Mais um adjetivo ronda o meu ser, “Hipócrita”.

De vez em quando o pensamento de que as pessoas se afastam de mim quando passam a me conhecer passa pela minha cabeça. Ou será que eu me afasto das pessoas quando passo a conhecê-las melhor?

Onde está o núcleo desse dilema?

23 de agosto de 2009

Me sentindo muito repetitiva >_< E agora?

O ontem, o hoje, será que vamos ter o amanhã?

Quem é você?

A pele e o osso estão me dizendo que te conheço, mas eu ainda não consigo aceitar essa nova pessoa que vejo em seus olhos.
A insegurança que você traz me dá medo.
Medo de que você nunca volte mesmo estando aqui ao meu lado.

Você ainda está ai?

Onde está aquela pessoa que eu pensava admirar?
Acho que nunca existiu.
Porque, pensando bem, você mentiu pra mim várias vezes.
Você me criticou e eu não sabia o que dizer.
Acho que você não percebia que eu ficava constrangida.

Lembra de quando achávamos que éramos iguais?
A nossa arrogância nos uniu. Engraçado, não é?

Só que você nunca percebeu que a minha arrogância era só um escudo para ninguém me ferir.

Quando eu olhava pra você conseguia ver o muro que estava ali.
Pensei que um dia eu poderia quebrar esse muro, mas ele ainda está aqui.
Você consegue ver também?

Será que eu deveria dar a importância que dou à você?
Será que você vale tudo o que eu penso que vale?
Por que tudo o que você diz tem que virar regra?
Ah, eu só queria saber.

Por que você fez questão de sofrer sozinho quando eu estava aqui esperando você resolver aparecer?

Ainda somos amigos?

Ainda somos conhecidos?

Você ainda sabe o meu nome?

Parece que eu nunca consegui chegar em você...

4 de agosto de 2009

Sonhos Verdes e Intangíveis

Eu não entendo quando você fala " Quando eu estou aqui você nunca escreve nada, eu me sinto como se... te atrapalhasse. Entendeu? ". Eu não entendo quando você diz que é melhor você ir embora para o meu bem. Eu não entendo como isso surgiu na sua cabeça de uma hora para outra. Por que foi de uma hora para outra que você fez uma revolução na minha cabeça dizendo coisas que eu não entendia.
Eu quero entender!
Não pense que você significa pouco pra mim.
Não pense o que você não sabe.
Enquanto você estava escrevendo coisas que eu não conseguia compreender, o meu desejo era estar ao seu lado para te acalmar, te abraçando para depois te perguntar o que estava acontecendo.

Foi a última vez que conversamos?

Eu não sei.
Só vai depender de você.
Mas eu só queria te falar que você estava explicando as coisas para você mesma.
Eu não consegui te alcançar e esse sempre foi o meu único desejo.

Penso em dias perfeitos
Quero te ver de novo aqui
Temos que acreditar

Que realmente algo mudou
Mesmo que seja dentro de nós


Você errou quando disse que você me inibia. Um grande erro.
Até conhecer você eu não conseguia escrever uma linha.
Até conhecer você eu não sabia da real magnitude da minha escrita.
Naqueles dias em que nos conhecemos, esses sim, foram dias tenebrosos.
Anos tenebrosos em minha vida.
Eram tempos em que eu estava perdida em mim mesma, perdida em quem eu pensava que era.

Até te encontrar.

Você era a minha fuga.
Uma hora de conversa me fazia esquecer da dor que estava alojada dentro do meu ser.
Você não perguntava sobre minha vida.
Você não perguntava sobre o meus problemas, mas eu não liguei pra isso.
Achava melhor assim.
Só assim eu podia me sentir melhor, ao menos um pouco.
Não pense que era sua culpa a falta de interessa na vida da outra, pois eu estava na mesma. Eu me satisfazia com o pouco que eu sabia sobre você.
Eu também negligenciei a sua vida.
Eu não tinha interesse em saber se você esteve chorando ou sorrindo.
Eu também tive a minha parcela de culpa nesse egoísmo.
Eu realmente não te entendo.
Não sei nada sobre você.
Me desculpa.

Sempre que nós estamos juntos
É você quem liberta o mal de mim

Sinto que a terra girou ao meu redor
Sinto que estamos mais longe da razão
Sinto uma saudade do que não me aconteceu
Sinto os teus instintos tão fortes quanto os meus

Você disse tinha vergonha de mandar os seus textos para pessoas que escrevem bem. Você disse que até chorou quando percebeu que eu era uma dessas pessoas que escreviam bem.

Eu digo que você estava falando besteira, que eu não sou tudo o que você ditou sobre mim.

Eu te mandava vários dos meus textos e você me mandava os seus, era tão legal pra mim que me doeu quando você falou que estava com vergonha de até falar comigo. Me senti menosprezada, mas acho que você não percebeu.


Eu sei os motivos que você decidiu partir, mas eu não consigo compreender.. Por quê ? Por que agora ? Por que assim do nada ? Você sabia que teria que casar muito antes de me conhecer. Você sabia de tudo. O que te fez querer parar de viver no nosso mundo particular e feliz ? Acho que foi alguma coisa que eu escrevi, não sei.

Eu também sei que eu não consigo compreender o modo de pensar da sua família. Me desculpa por tornar o seu problema maior ainda.

Nessa horas eu queria viver em um conto de fadas. Aí eu poderia te roubar no dia do seu casamento e fugir com você para sermos felizes para sempre.

Mas eu sei que nesse mundo não há espaços para contos de fadas e muito menos com duas princesas.

Eu ainda mantenho a vontade de te encontrar. Um objetivo. Quero ver nos seus olhos o amor que você diz sentir por mim para, então, poder te roubar um beijo que pode marcar o fim do que nunca houve entre nós. Aí, eu vou poder te guardar na minha memória como um amor.

Me desculpa de novo, mas eu não consigo me permitir o amor se eu não consigo ver a verdade nos olhos de quem estou apaixonada.

Quando você diz que vai embora, você consegue sentir o meu coração se acelerando de desespero? Você consegue sentir o buraco que começou a se formar ao ler as suas palavras? Acho que não.

Vou fazer o meu melhor para realizar o meu objetivo, enquanto isso..

Durma bem, minha querida de olhos virtuais.

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"Eu já estava pra casar com esse cara a muito tempo. Eu nunca vi ele direito, pra ser sincera... Eu não quero casar com ele. Então, acho que é melhor pra mim e pra você que eu vá embora. Entendeu?"

"Eu não sei o que dizer, nem o que pensar, de novo."

"Sei lá, só diga que não me ama ou coisas assim. "

"Eu também não sei o que dizer quanto a isso. Amor? Eu realmente não sei. Eu não sei o que eu sinto por você. Só sei que é especial e que a minha vontade sempre foi de te ver pessoalmente. O seu jeito sombrio de ser me encanta. Sombrio por que eu não sei nada sobre você. Não sei que idade você tem, não sei onde mora, o seu nome todo, com quem mora, seus planos para o futuro, não, eu não sei nada. O que existem são só especulações e uma foto que eu nem sei se é você mesma, mas essa foto já me encantou. De tal forma que eu não conseguia parar de olhar. Não conseguia parar de imaginar como poderia ser o jeito que você fala ou se você tem alguma mania. Coisas assim, sem importância, eu imaginei. Isso é amor? Eu não sei"

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E no final foi um adeus que eu não acreditava.

Será que eu te imaginei?

Por favor, me diga que não.