30 de junho de 2009

28 de junho de 2009

Como foi a minha primeira prova de vestibular: UERJ ( PARTE 1 )

Dia 21 de Junho. Dia marcado para acontecer a prova da Uerj. Eu queria não ter passado por MILHÕES de problemas semanas antes da prova. Esses problemas criaram um relaxamento em mim. Não sei dizer o que realmente se passava na minha cabeça. Eu só queria que a prova viesse e fosse rapidamente. Metade de mim queria ficar em casa e a outra metade estava com uma grande sede de aventura e de ver os desafios daquela prova. É sempre assim comigo, uma parte de mim se torna uma pantera feroz que controla (ou descontrola) todos os meus sentimentos e a outra parte é tímida e sem vontade de grandes feitos . A pantera tem olhos de gato. Foi essa pantera que foi fazer a prova. A parte que queria fugir foi devidamente anestesiada e adormecida.

Demorei a dormir na véspera da prova. Rezava para que os meus amigos conseguissem bons conceitos. Repetia os nomes em minha cabeça e mentalizava a vitória de todos. Imaginava os sorrisos deles junto ao meu. A última coisa que lembro antes de apagar foi vários rostos que merecem estar na faculdade no ano que vem. Não me lembro dos meus sonhos naquela noite, entretanto, certamente foram ansiosos, uma vez que acordei várias vezes durante a noite. Ao levantar senti uma enorme onda de euforia misturada com nervosismo e emoção. Como na noite anterior, procurei mentalizar a calma e a vitória de todos que me cercam e inclusive a minha vitória. A primeira coisa que fiz foi ligar pra Marcelle para acordá-la. Mesmo que naquele “Bom dia” meio sonolento tentei expressar um pouco do meu bem-estar. Me arrumei com calma e não dispensei o café da manhã reforçado. A minha mãe demorou um pouco mais para terminar de se arrumar e decidi descer para esperar a Marcelle chegar com o Fábio que, mesmo sem fazer a prova, foi para dar uma força pra gente. A Marcelle chegou logo e a minha mãe cismou que a gente devia ir de táxi. Fiquei um pouco irritada de começo por que não gosto de gastar mó dinheiro com táxi se a gente podia ir de ônibus, mas tentei me colocar no lugar da minha mãe, ela tem ficado mais nervosa com o vestibular do eu. Pegamos o táxi e estávamos a caminho daquele momento tão esperado. Dentro do carro, senti uma boa vibração vinda da Marcelle, apesar de parecer ansiosa havia um ‘quê’ de aventura nela que parecia espelhar o que eu estava sentindo. Me senti bem com isso. Estava feliz. Isso que importava. A felicidade me deu uma certa calma.

Achei tudo muito cômico quando chegamos lá. Eu consegui distinguir vários rostos na multidão, mesmo aqueles que não tinham nome que, por ventura, passaram na minha vida pouco percebidos. Encontrei o pessoal do Bahiense em peso lá. Não me assustei com a multidão. Era previsível. Mas, por um lado eu me senti mal pela minha mãe. Eu estava plenamente consciente da preocupação dela. Afinal, era a primeira vez que eu estava no meio de uma multidão depois do dia do meu ataque de pânico no metro. Procurei passar a minha confiança pra ela.. só não sei se ela percebeu. Ela ficou ainda mais apreensiva quando os portões abriam. Eu estava tranquila. Queria mesmo era entrar logo. Eu e a Marcelle entramos depois de uns 10 minutos que os portões se abriram, ainda assim a minha mãe queria que esperássemos mais. Tentei mais ainda passar a minha tranquilidade para ela e prometi dar um ‘tchauzinho’ antes de entrar. Foi o que fizemos. Foi engraçado que até o pessoal do Equipe de Apoio (curso da Marcelle) acenou pra gente. Me sentia feliz. Muito feliz.

A pantera dentro de mim rugia. Queria mais. E ela teve. Quando conseguimos chegar ao pátio daquela faculdade fiquei fascinada. Era enorme. Vários andares e entradas para todos os lados. Mas tinha um problema. Para onde nós teríamos que ir para chegar em nossas salas? Tinha tanta gente andando que ficamos desnorteadas. Eu estava com medo de perder os meus documentos ( que estavam na minha mão). A Marcelle estava mais preocupada em falar com o muralha-em-pessoa que trabalhava lá. O cara era assustador! Devia ter uns 2 metros de altura e largura. E a Marcelle ainda teve coragem de ir lá falar com ele! Depois ela ainda ME CHAMA de peito de ferro! Mas enfim, depois que conseguimos achar o corredor certo pra subir, seguimos o nosso comigo e deixamos o gorila pra trás. Subimos, subimos, subimos, subimos, subimos... Parecia que não ia chegar nunca! Ainda bem que chegamos cedo. Fiquei imaginando como as pessoas que chegarem em cima da hora iriam correr. Depois de algum tempo cheguei ao meu andar e me despedi da Marcelle ( ela iria para o próximo ). Fui em direção a minha sala sendo acompanhada pela Jéssica (Ela faz Bahiense comigo - ela estava desde a entrada com a gente mas não mencionei porque ela não faz parte do elenco principal =x) conseguimos achar a nossa sala depois de mais alguma tempo (Até ai eu já estava achando que estava numa Hogwarts da vida /Louca ). Me despedi da Jéssica também, pois ela ia para próxima sala. Quando entrei na minha sala a fiscal pediu pra eu colocar o meu celular numa espécie de sacolinha que seria lacrada. Seria menos humilhante se eu não tivesse ‘perdido’ o meu celular na mochila. Tive que revirar tudo. Todo mundo olhou pra mim e comecei a me achar uma idiota e a ficar com vergonha. Mas fiquei muito feliz quando consegui achar o maldito telefone e o coloquei na sacola com um ar de triunfo no rosto ( 666 ). Depois assinei uma lista lá e, finalmente, fui me sentar. Logo percebi que tinha uma garota lá do meu curso na minha sala. Eu sempre a achei estranha. Ela sempre some no intervalo e volta com o cabelo SUPER molhado, mas com a mesma roupa. Estranha. Enfim, me sentei e comecei a marcar território. Olhei pra tudo quanto é canto e para pessoas. Pessoas? Isso foi muito generalizado! Só tinha garota na minha sala. E SÓ TINHA JESSICA! A fiscal ficava que nem retardada rindo disso. Odiei, de novo, aquela maldita música que fez uma legião de mães mudarem o nome de suas filhas (inclusive a minha). Teve uma hora que eu tava distraída com o nada e alguém desconhecido chamou ‘Jessica’, TODAS olharam. Fiquei muito envergonhada.

Continua....

26 de junho de 2009


Hoje foi o tipo de dia ‘Oi eu não quero falar com ninguém’ para mim, no curso – apesar que isso tem acontecido com frequência depois dos meus surtos de ansiedade. Tudo começou quando peguei um livro pra ler ( tem uma garota lá que parece que leva O MUNDO literário na mochila e ela me emprestou um daqueles livros). De começo parecia um daqueles livros com a capa e título legais, mas uma bosta de história. Porém, a minha curiosidade e a completa falta de vontade de prestar atenção nas aulas me fizeram escrava daquele pequeno livro com capa de caveira. Em poucos minutos eu já estava sem fôlego por causa da história e olha que isso aconteceu com poucos livros que li na minha vida – e, particularmente, não foram poucos os livros que li. Era intrigante e doce na escrita. Uma leitura fácil, porém um contexto de arrepiar os mais corajosos. Deviam ser umas 8:30 quando comecei a ler o livro. Leitura que se estendeu até umas 12:00, com algumas pausas por causa da bagunça na sala de aula – ainda jogo uma bomba naqueles idiotas estúpidos. O que importa é que eu me transportei para aquela história. Era como se tudo aquilo estivesse acontecendo naquele momento e os meus ouvidos não conseguiam ouvir a sala barulhenta nem as reclamações que giravam no mundo real daquela sala repleta de gente. A realidade parecia distante e sem graça quando me deparei com a imensidão do mistério daquele livrinho. Eu ouvia o que o jovem Ricardo ouvia. Sentia o que ele sentia. Por vezes tive respirar fundo para não chorar ou me segurar para não gritar de medo em algumas cenas. Foi uma ligação forte que eu senti com a história! Depois que eu terminei de ler fiquei impressionadíssima e não parei de pensar na história o resto do dia. Estou até agora abismada.

Qualquer dia

Um dia,

Como qualquer outro dia.

Decidi vagar na imensidão da internet.

Naquela época

Eu só queria ter alguma coisa interessante

Para satisfazer a minha curiosidade infantil

Entretanto, tudo me parecia, o que hoje chamo, redundante

Nas fotos

Rostos comuns e sem graça

Nos gostos

Uma junção de ritmo e jeitos repetitivos

Que a massa de pessoas apreciava

Naquele dia decidi encontrar o meu mundo

Um mundo que eu achasse um enigma

Que me ensinasse coisas novas

Coisas.. Interessantes

Mesmo que não se tenha passado tantos anos desde aquele dia

Hoje sei que o mundo que eu descobri

Me fez, em vários aspectos, uma pessoas melhor

O que tem nesse mundo enigma que eu encontrei?

Não importa para o leitor...

O que importa

É que todos tem que procurar o seu enigma

O seu mundo.

Por que ele

Te trará o sentimento de familiaridade

E alegria.