4 de agosto de 2010

"Você me faz tão bem"

Ele escreveu pra mim:


   Saudades de escutar tua voz...
Saudades de te beijar, de ir aos céus com os olhos seus a me encantar...
Sinto saudades, saudades de com você chegar nas estrelas do espaço,
de te-la envolvida em meus braços...

Saudades de contemplar seu lindo sorriso,
que só nos anjos achei que fosse encontrar...
Sauades de estar com você, mesmo que calado,
e aí percebi, percebi que nem todos os segundos de inúmeras horas,
serão o suficientes para estar ao seu lado... 

Pensamentos avulsos...

"Aprender é um exercício, viver é um exercício. E sabe o que chateia? Ver que muitos preferem ficar acomodados. Não querem descobrir seus enigmas, enigma do outro. Mas continueos em nossa loucura: no pensar há sempre um ponta de uma "loucura saudável"."


Em um comentário deste texto que escrevi o meu grande amigo e ex professor de literatura Hudson mais uma vez me mostrou uma perspectiva muito interessante sobre as coisas. Concordo plenamente quando ele diz que muitos preferem ficar acomodados com o que tem e ficam encarando os próprios sonhos como algo inatingível aonde a única maneira de realizá-los seria um prêmio na loteria. Besteira! Os sonhos são movidos por desejos e os desejos são realizados pelo esforço de cada um! Bom.. isso também vai depender do que o fulano deseja.. Já pensou se ele quer um planeta particular para si? hahaha Para mim, sonho também tem a ver com razão.


A vida realmente é um exercício! Um aprendizado de convivência com pessoas diferentes. Viver é difícil, não tem manual apesar de termos direitos e deveres, regras a seguir. Não se tem uma receita infalível de uma vida boa e se tiver os seres humanos ainda não estão aptos a abrir mão de certas características para conseguir terminar o bolo. Infelizmente há se comparar a vida humana com as regras da natureza selvagem... Nem sempre o mais forte é o que vence e, sim, o mais adaptado ao ambiente. Eu, tu, ele (a), nós, vós, eles (as) estamos vivendo vidas em que podemos ter como manual essa única teoria científica. 


Com esse espaço é meu e eu digo o que penso para qualquer um que esteja disposto a ler o que tem aqui, digo qual seria a minha receita do bolo! Voilá:


- Seja louca e começe a gritar até sentir os pulmões doendo quando estiver com raiva.


- Verdade e mentira são coisas poderosas e cada pessoa que vocÊ conhece deve ter o merecimento de ter um ou outra.


- Todos nos importamos com o que o próximo pensa de si, mas devemos aprender a guardar só o que faz bem. Assim como a ter amigos e relacionamentos que fazem mais bem do que mal.


- Amar NÃO SIGNIFICA SE SUBJULGAR AO OUTRO. Ninguém é dono de ninguém. A época de escravidão já passou a muito tempo, Graças a Deus!


- Aprenda e não decore. Decorar emburrece.


- Seja racional nas horas certas. Tomar certos caminhos podem ferrar a sua vida inteira.


- Blasfêmia é dizer que nunca se falou mal de outra pessoa ou que nunca julgou o próximo. Mal dizer alguém todo mundo faz, mas aquele que tentar compreender o julgado é o mais sensato.


- Certo e errado varia de pessoa pra pessoa. Cuidado.

Pesadelo

Hoje acordei assustada, tive um pesadelo.

Sonhei que te perdia várias e várias vezes todos os dias por toda eternidade. 

Levantei num salto, exaltada, e percebi lágrimas em meus olhos. 

Meu coração apertou em meu peito e respirei com felicidade quando percebi que era apenas um sonho. 

Este pesadelo me perseguiu o dia inteiro, me agonizando. 

Notei que preciso desesperadamente te dizer que te amo com todas as minhas forças.


E agora estou te contando o meu maior pesadelo: Te perder.

24 de junho de 2010

Muro invisível

Como posso cair? Não vou conseguir me levantar, não vou conseguir me reeguer..

O muro invisível que criei envolta de mim está mais fraco do que nunca..

Mas tento com todas as minhas forças mantê-lo forte.

Uma frase quase me derrubou..

Escondi minhas lágrimas até não poder mais.

Mas ao cair a noite me rendo ao choro.. à minha solidão.

Quando o dia amanhece tento encontrar conforto na dor, tendo sorrir mesmo com o buraco que lateja em mim.

Escondo minha verdadeira forma.. Mas pra quê?

Quero gritar alto, quero enlouquecer, QUERO CONSEGUIR OS MEUS SONHOS.

São mais que apenas palavras: são apenas lágrimas e chuva.



*Tears an Rains - James Blunt

Livre

O tempo nublado contava como estava o humor da praia..

O vento passava avisando que não estava de brincadeira, que poderia mostrar toda sua força a qualquer momento.

Você decidiu encarar a água salgada do mar, decidiu quebrar alguma regras, decidiu por se aventurar.

Despiu-se e eu acompanhei com o olhar você se tornando livre... 

Livre de você mesmo para se tornar um só com a natureza.

Livre para mergulhar naquele mar e esquentá-lo com o seu corpo.

Pude ver você correndo que nem um menino travesso 

Com sorriso de quem era realmente feliz.

O meu coração esquentou um pouco mais nesse momento...

22 de junho de 2010

Diego Moraes

Não entendo muito sobre notas ou semi notas, mas entendo sobre coisas que vem direto do coração. Entendo quando alguém coloca na própria arte todo amor e carinho que existe dentro de si. Entendo quando esse alguém consegue fazer os olhos do próximo encher d’água. Sinto isso tudo ao ouvir a música de um cantor, que para mim é esplêndido, chamado Diego Moraes. Sempre quando escuto sua voz, sinto meus ombros relaxarem, os olhos fecharem e embarco no que ele me transmite. Paz. Alegria. Graça. Tudo isso em apenas alguns minutos de música. A canção dele vem ao meu encontro delicadamente, suavemente. É como se fosse as flores de um dente de leão polinizando meus ouvidos quando o vento sopra.

21 de junho de 2010

Vício

O meu novo vício, minha nova droga, o meu novo entorpecente.

Vislumbrei o doce dos seus olhos com o infinito do céu ao fundo.

Percebi a sua gentileza ao me proteger do frio,

O seu calor me envolveu me acariciou.

Suas mãos me exploraram...

Fogoso e carinho, um paradoxo intrigante.

8 de junho de 2010

Coisas avulsas


Ele tem olhos que inspiram felicidade e lealdade.

Tem o sorriso de quem ama o que diz e o que faz.

Tem as mãos de quem sabe o que quer.

Mesmo antes de nos conhecermos amamos...

Amamos o mar, a terra e o céu

Amamos a vida. 

3 de junho de 2010

O triste e recorrente medo de perder...

Uma, duas, três, quatro, vinte, oitenta milhas...

Perdi a conta do quanto ficaremos longe fisicamente.

Perdi a conta do quanto você é necessária na minha vida.

Do quanto as cores são mais vívidas quando você está ao meu lado.

Do quanto preciso de você para que o oxigênio chegue aos meus pulmões.

Do quanto... eu sou seu.

Não tenho ideia do quanto as mudanças da sua vida afetarão o ‘nós’.

Do quanto seus olhos irão ver... e os meus não.

Do quanto o seu coração pode se acelerar por alguém que não sou eu...

Me desculpe, mas eu sou irritantemente egoísta.

Sei que o melhor pra você é ir, mas...

Como poderá ficar o melhor pra nós?

Não estou pedindo para que não vá... Só quero que fique comigo, quero que fique com meu coração.

O que eu tenho são ciúmes ou é a realidade me assustando?

O que eu tenho... o que eu sou...

É inteiramente seu.



(Poema feito para a namorada do irmão de uma amiga, entendeu? Pois é, eu não. sahusa Ele me pediu pra escrever algo pra ela por causa do aniversário de namoro deles ^^)

30 de maio de 2010

Genteeee, hoje o meu ego realmente estourou de tanta felicidade. Duas pessoas que gostooo muito escreveram pra mim! Okay que o primeiro não escreveu pra mim e sim de algo que escrevi, mas ficou tão bonito que vou postá-lo aqui. Quanta felicidade! Mas antes vou falar um pouco sobre os dois:

O primeiro que escreveu foi o Edgar, menino fofo aindavoupegar  que peguei uma amizade muito rápida. A gente se entende muito fácil, é até assustador. Detalhe que vou postar sem a devida autorização dele. Tudo bem, ele luta Karatê, mas vou tentar correr mais rápido.

A segunda pessoa é a Stéphanie, minha primeira amizade na faculdade. Sábia e estúpida ao mesmo tempo. Adoro rir da cara dela com ela! Admiro muito ela. Parece que nos conhecemos desde sempre.

Me sinto muitíssimo honrada.

Mas enfim... aqui vai.

O conto dela:
Cassijé

As dúvidas que sempre pairavam em minha cabeça...
E o sentimento que vinha como pontadas de agulha, me domina por inteira.
Antes uma dúvida, será agora uma certeza?!

Procuro respostas onde não existem.
Entrego-me ao ostracismo, não consigo transpor o que sinto.
Tento chamar meu pequeno órgão vermelho e pulsante para uma conversa, mas ele se cala.
(Tum Tum Tum)
Pergunto para este poço sem fim de vastos sentimentos, o que há de errado comigo.
E ele só insiste em me responder...
Tum
Tum
Tum

Percebi que acima de tudo tenho um coração e sou capaz de amar sem me preocupar com o estereótipo.

Será que sou a frente do meu tempo ou sou uma verdadeira abominação?!

E se tiver que perder para me achar, na magnitude do correto e incorreto?
Então eu o farei!
Acho que já estou perdida (graças a Deus), pois é a minha essência que agora eu consegui finalmente encontrar.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Minha frase inspiradora: "Queria que as pessoas pudessem e quisessem ver além do poder que olhos oferecem."

Poema dele:
Eu vejo além do poder que meus olhos me dão...
Afinal de contas, eu vejo com coração. Com coração eu vejo, sinto, vivo..
Com meu coração eu amo!!




29 de maio de 2010

Edificando

Procuro em outros lábios, o seu gosto.

Procuro em outras mãos, o seu carinho.

Procuro em outros corações, o seu amor.

Mas quando abro os olhos e o beijo termina...

Percebo que não é você quem está pedindo mais.

Até quando a sua silhueta irá me assombrar?

Até quando eu vou sentir dor ao lembrar que você me deixou?

Sem explicações, você só disse que não me ama mais e quando a raiva abrandou..

Percebi que você nunca me amou.

(Poema feito para um amigo - Edgar - em relação à novela mexicana de com e ex)

12 de maio de 2010

Serpentário

Altas emoções na minha vida! Pela primeira vez estou empolgada com tudo o que faço e o que pretendo fazer. Chega de imaginar como é isso, o agora está acontecendo com muitas surpresas.

Essa semana fui à um serpentário e foi tudo tão.. MARAVILHOSO. No começo pensei que seria ruim pra gente fazer o trabalho lá, pois um veterano nos desestimulou bastante, mas com um pouquinho de simpatia conseguimos entrar lá! E lá, no que eu me refiro, é no Vital Brazil. Uma Instituição pública que tem como objetivo a extração de veneno de cobras variadas para a produção do antídoto. Além disso eles estudam as serpentes, mesmo as que não são peçonhentas (não são venenosas).

Pois bem! Eu e o meu grupo (colegas de trabalho com potencial de grandes amigas) fomos à Niterói explorar esse tal de Vital Brazil do qual eu nunca ouvira falar, mas isso é normal, a minha 'leiguiçe' é impressionante. A minha primeira descoberta foi aquela ilhazinha do outro lado do mar no qual eu mal tinha pisado. Niterói é linda! Me apaixonei pelo lugar. Como podem achar que lá é o outro lado da poça? O Rio tem muito mais a ver com essa expressão. As ruas de Niterói tem uma charmosidade bossa nova. Uma leveza de alma que não vejo por aqui, onde quase tudo e quase todos são petrificadas estruturas de rock.

No Vital Brasil encontrei pessoas impressionantes, cada um com o seu brilho encantador. Mas os que mais me marcaram foram a jovem e doce Leonora e o profundo e humilde Aníbal.

A dócil Leonora tem uma pureza cativante nos olhos. Tudo nela inspira bondade, é difícil achar pessoas assim. Espero estar certa. Todos a chamavam de Nola, apelido bonito, não é? Não sei muito sobre ela, mas gostaria de deixar a minha impressão sobre ela aqui. Pessoas boas não devem ser esquecidas. Nunca.

Quando chegamos lá e não sabíamos aonde estávamos nos metendo, um jovem senhor com simpatia saindo pelos ouvidos veio receber o nosso grupo. ( Entramos em uma excursão que não era nossa e sim de alunos de enfermagem. A nossa 'penetrice' deixou o professor do grupo muito irritado.) A Luíza, uma bióloga que conhecemos lá, disse a ele que éramos estudantes de biologia e que estávamos ali para fazer um trabalho. O rosto dele se iluminou de alegria e não pude fazer nada a não ser sorrir também. Depois de alguma piadas entre todos, ele nos levou para uma sala e nos acomodou para que fizéssemos as perguntas que queríamos. Enquanto cada uma falava, Aníbal olhava no fundo de nossos olhos, calmamente. Quando chegou 'a minha vez' me senti nua. Ele parecia ler minha alma em poucos segundos de comunicação visual. Mas o incrível é que não me senti importunada nem molestada e, sim, compreendida. Era como um pai que queria saber mais sobre sua filha. Um olhar cheio de ternura, porém extremamente sagaz.

Descobri que ele é um PhD e fiquei chocada. A humildade anda no mesmo passo da inteligência, incrível. Ele despiu todos os conceitos de estudiosos arrogantes e/ou prepotentes. Quero ser uma bióloga como ele. VOU ser uma bióloga como ele. É o meu dever perante o estudo da vida, perante a imensidão da natureza.




18 de abril de 2010

Pra manter ou mudar...

Já menti muitas vezes dizendo que o que escrevo aqui é tudo fruto da minha imaginação. Até certo ponto é verdade, mas esses são poucos. Sempre que escrevo é para tornar meus sentimentos palpáveis ou compreensíveis. Não quero mais mentir e dizer que invento quando quero falar o que penso. Por que é tão difícil falar e encarar a verdade? Digo por mim mesma. Não aceito bem o que muitas vezes falam para mim.

Quando escrevo, me liberto. Estou libertando o 'eu' que se esconde. Quando escrevo... vivo as verdades que estão enterradas na minha mente. Por um segundo.. por um instante sequer... quero deixar de me importar tanto com o que deveria me desapegar. E isso estou tentando mudar a partir de agora. E o segundo passo é: Dizer que amor não é semelhante a dominação. Não é e nunca vai ser.


17 de abril de 2010

Pedidos

Quero acreditar que anjos existem
Quero libertar as cordas invsíveis que me prendem.

"SOLTEM MINHAS ASAS"

O galopar da vontade das minhas próprias escolhas está ensurdecendo minha lógica.
Quero poder mudar de opinião conforme a maré da minha vida.
Quero estar na avalanche dos meus próprios problemas.
Quero me tornar a pessoa que QUERO ser e não a que esperam ser.

"Você me diz 
Não dissimulo bem
Uma resposta dita em vão
Se eu digo sim
É pra você, não pra mim, entã
o"



Quero ser menos maldosa, menos medrosa.
Quero me livrar da hipocrisia humana.
Quero olhar o arco íris com toda beleza que ele tem.
Quero encarar as verdades do mundo com o coração a vontade.
Quero ter sonhos verdes 

E antes que eu decaia... quero sorrir e dizer que tudo valeu a pena... eu vivi tudo que queria viver.

Letras de:
* The Gazette
*Detonautas
*Móveis Coloniais de Acajú

16 de abril de 2010

Bem Natural

De volta ao mundo de blogueira, agora quero dedicar mais tempo a esse meu espaço. Espaço que posso dizer tudo o que penso, tudo o que sinto sem texto editado ou refrear o que dizer. Quero dar mais valor a esse tipo de coisa, expressar a minha opinião está difícil ultimamente.

Em uma conversa, um familiar defendeu a ideia de que a internet tem mais lixo do que coisas interessantes. Discordo imensamente, não que não exista trash na web, mas é incrível como muitos brasileiros conseguem transportar suas almas a seus blogs. Bom, voltar a esse mundo de blogs anônimos é intrigante e inovador, como sempre. Mas agora quero dar ênfase a uma questão que encontrei no blog Nodo Ascendente, que diz:


"Muitos dos nossos avós eram racistas.
Muitos dos nossos pais são homofóbicos.


Que valores/crenças/hábitos fortemente enraizados nas nossas vidas 
de hoje serão considerados inadmissíveis pelas gerações vindouras?"


Não pude deixar de ser tragada por meus pensamentos e também não pude deixar de concordar com as afirmações escritas. 

Penso em vários motivos do por que do racismo e da homofobia, mas acho que o foco é a falta de compreensão com o diferente, com o desconhecido. Está ligado também a herança social e familiar. E, principalmente, a falta de estímulo a pensar por si só, a falta do 'por quê' e a ingestão daquilo que nos foi passado. Particularmente acho que isso ainda acontece muito hoje em dia, de maneiras diferentes, claro.

Porém, o que mais me intrigou foi imaginar o que que eu penso hoje como conceito pode ser derrubado amanhã? Será que vou aceitar? Será que vou continuar martelando na ideologia de quando era jovem?

Tentei me imaginar na época de minha avó, quando ela aprendeu que o negro era estranho e/ou imundo. Hoje sabemos que esse tipo de pensamentos é inconcebível, mas ela ouviu isso desde criança, da mesma maneira em que apredeu a andar e falar. Entendi que é difícil se desgarrar daquilo em que se acostuma a pensar, assim como o casal que confunde amor com convivência, na verdade se habituaram um com o outro.

Acho que os tabus de hoje serão mais bem resolvidos amanhã. Assim como os preconceitos infundado.
....Tomara....

14 de abril de 2010

Indo e vindo

Toda atarefada com a faculdade. A minha vida mudou de uma hora pra outra, pra melhor! Faço o que amo, estudo a vida como ela foi feita, estudo a ciência com a sua luz e escuridão, estudo o conhecido do mar desconhecido, estudo a estrutura e  gentileza daquilo que existe antes mim. Ass.: Biologia!


Vou deixar uma letra de música que me inspira muito.




Pra manter ou mudar (a do piano)

Móveis Coloniais de Acaju


"Tudo que eu queria dizer
Alguém disse antes de mim
Tudo que eu queria enxergar
Já foi visto por alguém                            
Nada do que eu sei me diz quem eu sou
Nada do que eu sou de fato sou eu?
Tudo que eu queria fazer
Alguém fez antes de mim
Tudo que eu queria inventar
Foi criado por alguém
Nada do que eu sou me diz o que sei
Nada do que eu sei de fato é meu?
Algo explodiu no infinito
Fez de migalhas
Um céu pontilhado em negrito
Um ponto meu mundo girou
Pra criar num minuto
Todas as coisas que são
Pra manter ou mudar
Sempre que eu tento acabar
Já desisto antes do fim
Sempre que eu tento entender
Nada explica muito bem
Sempre a explicação me diz o que sei:
“Sempre que eu sei, alguém me ensinou”
Agora reinvento
E refaço a roda, fogo, vento
E retomo o dia, sono, beijo
E repenso o que já li
Redescubro um livro, som, silêncio,
Foguete, beija-flor no céu,
Carrossel, da boca um dente
Estrela cadente
Tudo que irá existir
Tem uma porção de mim
Tudo que parece ser eu
É um bocado de alguém
Tudo que eu sei me diz do que sou
Tudo que eu sou também será seu"

15 de março de 2010

Confissão

O mar perante os meus olhos mostra-me a beleza do infinito.
Curvo meus pecados capitais diante do poder da natureza.
Movo os dedos dos pés e me permito imaginar a areia me envolvendo, me protengendo dos dilemas da vida.
O vento acaricia meu corpo e ignora a minha vontade de ser como ele, leve e incontrolável.
A brisa sussurra em meus ouvidos dizendo eu deveria ser paciente, a minha verdade não deve ser imposta aqueles que não querem compreendê-la.
Um lágrima caminha em meu rosto enquanto confesso à mãe natureza o meu segredo.
"Quero existir como se eu pudesse amar a qualquer um." 
E o fogo... arde em minha alma.

1 de março de 2010

Seloooo!


Fiquei surpresa ao ver  mais um selo pra mim. Tenho feito as contas e tenho esse blog vai fazer dois anos agora em 2010. Dois anos que resolvi expor a minha alma na internet. Dois anos que venho me empenhando em colocar o que quero da maneira mais fiel ao meu mundo. Dois anos... acho que poucas pessoas já passaram por aqui e a maioria foram conhecidos. Espero que tenha valido a pena para quem leu, pois valeu o dobro para mim.

Beijos especiais à Tahiana Andrade que tem andado por aqui com carinho.

E indico: Kato (mesmo que tenha sumido), Felipe ( mesmo que ele tenha esquecido que tem um blog), Juliana ( a fofa que eu conheci nos últimos dias de curso ), André ( mesmo que ele fale mais em Jesus do que tudo). Por enquanto só esses. xD

Falso Retrato

Por que meu mundo é tão distorcido?

O embaçar da vida me confunde a realidade.

Letras e traços disformes não me permitem ver a real beleza do mundo.

Como quando olho para o céu e a cegueira não me deixa ver a lua como ela é.

A verdade nítida tem apenas o alcançe de um palmo diante dos meus negros e virgens olhos.

Mesmo fazendo esforço não consigo espantar a espessa nuvem de defeitos.

O que resta é confiar no tato, sentir o vento acariciar a entorpecente deformação da vida.

Estou presa aos meus olhos, a minha versão dos fatos e da realidade.

Estou presa ao caos dos meus sentimentos sem saber se o que vejo é semelhante ao que você encherga.

Não sei o que me confunde mais, a miopia ou a minha prepotência humana.

25 de fevereiro de 2010

Mudanças

Madrugada do dia 25/02/2010 e me encontro sozinha debatendo comigo mesma as ações e reações que passam em em minha vida. O tédio me domina e minha mente perpassa em episódios dolorosos, tentando olhar tudo de outro ângulo. Tento me imaginar como sendo uma terceira pessoa para tentar entender a initeligível mente humana. Enquanto isso vagueio em blogs como o costumeiro e pude ler um post muito interessante sobre a arte da falácia. O texto se chama 'Falta de argumento' do blog http://idiotizandonanet.blogspot.com/ da autora Tahiana Andrade e me vi concordando várias vezes com o que ela defendeu.

Realmente é muito irritante conversar com alguém que acha que o 'não' ou o 'sim' são argumentos excelentes ou louváveis. Pior que isso são as pessoas que estão tão cegas com as próprias ideias qua não param para escutar o que o outro fala. Isso sim me deixa furiosa. Já passei por essa situação várias vezes em minha vida, acreditem. Muitas vezes, também, correu em minha cabeça simplismente deixar de falar para que a pessoa se sinta a vontade em despejar sua saliva, uma vez que deixou de ser uma conversa para ser um monólogo.

Tenho plena noção que mudar de opinião sobre alguma coisa, ou alguém, é difícil. Aquele sentimento estranho, quando isso acontece, percorre da culpa até o mal estar, pelo menos é o que acontece comigo. Porém, depois que consigo digerir a mudança me sinto muitíssimo bem. Me sinto um tantinho mais compreensiva do que antes. Não gosto de ter opinições empedradas. Mesmo as pedras estão sujeitas as mudanças, ainda que seja mais lento. Por que pau que nasce torto nunca se endireita? Nós nascemos e morremos com o mesmo jeito de ser? Quer dizer que a sua mentalidade 'gu-gu-dá-dá' de quando você tinha dois aninhos é a mesma de quando você tem noventa? Óbvio que não! Se a natureza, o platena Terra e o universo estão sempre em constante movimento e evolução, QUEM somos nós, imperfeitos e prepotentes humanóides, que achamos que nada muda?! Aaaah, não fo#%!

24 de fevereiro de 2010

Selo


Bom, pessoas, eu não sei muito como começou isso, mãããs gostei de estar entre os 7 blogs merecedores do selo que a Juliana, do blog Momento Lala (http://www.momentolala.blogspot.com/), elegeu! EEEEEEEE *pulaquenembichalouca*
Parece que tem uma brincadeira. =D Attttttoron coisas novas.


  •  Sete coisas sobre mim:


1) O meu nome é sem acento, mas eu gosto disso. Dá a falsa impressão que posso pertencer a qualquer lugar (Como explicar à um japonês que se tem de colocar um traço 'estranho' chamado acento agudo no 'e' de Jessica??!?!);

2) Sempre me acho mais esperta ou sábia do que realmente sou. Na verdade eu sou tapada;

3) Queria poder ter superpoderes. Tenho inveja dos personagens de ficção que podem voar ou lanças chamas. T__T ;

4) Gosto de ver os dois lados da moeda sempre. Chego até ser chata por isso;

5) "Sou timidamente ousada"

6) Gosto quanto alguém  lê o que escrevo. Me sinto privilegiada quando acontece;

7) Sou altruísta nas horas erradas;

  •  Sete blogs que, ao meu ver, merecem o selo:

http://marble-hell.blogspot.com/
http://mushroom-therapy.blogspot.com/
http://tearspie--x.blogspot.com/
http://distanciaspronominais.blogspot.com/
http://tonkiel.blogspot.com/
http://danilogentili.zip.net/
http://bloglog.globo.com/ticosantacruz/

25 de janeiro de 2010

Indiferente

Os olhos da raivas perseguem meus pensamentos quando penso na sua mediocridade.

Esses olhos da cor da rejeição

Tão escuro quanto o negro céu que promete tempestades

Tão claro quanto à límpida lágrima que você não se permite sentir.

De que adianta mascarar a dor?

Se as sua ações são refletidas do caos do seu inconsciente desfigurado.

Eu sei que antes de me machucar você foi machucada.

Antes de me condenar a sua moral imposta pelo medo fizeram o mesmo com você um dia.

Acho que você desistiu de viver muito antes de imaginar.

9 de janeiro de 2010

LIVRE ARBÍTRIO


Sabe, sempre fui uma pessoa meio desmemoriada. Esqueço-me facilmente dos fatos. Acho que é porque sou meio lerda e passo mais tempo em mim mesma do que na realidade. Desde sempre fui assim, desde sempre mesmo, mas poucas memórias da minha infância ainda sobrevivem e uma delas foi a Karen.
Antes de falar sobre ela gostaria de contar o porquê de eu estar aqui, relembrando de uma pessoa que provavelmente nunca mais verei. Calma, senhor leitor. Você não irá ler alguma história interessantíssima sobre algum romance lésbico. Meu intuito é descrever o pouco do que sei sobre mim. Quero que as pessoas entendam o começo da teoria da minha bissexualidade. Quero que o leitor possa imaginar o pouco da confusão que sempre se instalou na minha psique.
Sempre fui uma garota tímida e recolhida em todos os lugares. Eu tinha noção que todos me conheciam. Conheciam meu nome, meu rosto e o mesmo acontecia da minha parte para com eles, mas eu sempre me senti deslocada. Eu não era de conversar com todos. Acho que minhas primeiras lembranças foram do medo do que as pessoas iriam pensar de mim. Por vezes eu pude presenciar minha avó falando que os homossexuais eram doentes e tantas outras que deveriam ir para o inferno e quando atingi certo nível de lógica para perceber o que era isso que minha avó tanto jogava fogo, eu, criança que era, só entendia que essas coisas eram ruins. Mas não ligava até certo ponto, eu só não queria que as pessoas soubessem.
 Aquela época foi conturbada na minha vida, porém eu não entendia a maior parte de tudo o que acontecia. O que eu queria era brincar, era o que eu mais gostava. Em minha sala de aula da escola, eu sempre gostava de falar com ela. Karen. Éramos amigas. Brincávamos juntas. E mesmo não tendo noção de como as coisas aconteciam, sempre que me encontrava com ela, sentia vontade de repetir aquelas palavras mágicas que eu somente conhecia em histórias de contos de fada e nos filmes: Eu só queria dizer que eu a amava.  Nunca tive coragem de pronunciar o que queria realmente dizer. As palavras da minha mãe e da minha avó ecoavam em minha cabeça e eu pensava estar errada. Eu não sabia o verdadeiro por que de ‘estar’ errada. Era como se tivessem me ensinado quanto é dois mais dois sem ter explicado o porquê de ser quatro. Mesmo sem entender, sei que a Karen foi o meu primeiro amor (platônico, eu sei). Fomos da mesma sala por anos seguidos do primário até que tive que ir morar com minha avó no interior do estado, logo tive que sair da escola. O que mais doeu foi ter que me separar dela. Saí daquela escola sem dizer o que ela significava para mim.
Passaram-se as férias de meio de ano e embarquei em uma nova escola. Não faço idéia de quantos anos eu tinha na época, sei somente que eu estava na antiga terceira série. Caí de paraquedas em uma escola evangélica e em uma sala de aula onde todos se conheciam. Eu ainda sentia falta da Karen, mas fazer o que, né? Tímida como era, demorei a fazer amizades, mas me aproximei muito rápido de um garoto. Wadan. ( nome estranho, né?) Foi por ele que o meu coração infantil se apaixonou. Nós éramos amigos também e eu lembro de dar várias e várias gargalhadas com ele. Não tive muitos dilemas com os meus sentimentos para com ele uma vez que eu não achava que iria para o inferno por estar gostando dele.
Querido leitor, por enquanto contar esses pequenos trechos da minha vida já basta para exemplificar a minha real intenção de fazer este post. Não sei o porquê de ter começado a minha atração por meninas, mas uma coisa eu sei: Passei muitos anos da minha adolescência me odiando por ser o que sou. Confesso que não gosto do fato de ter nascido mulher. Não gosto dessa fragilidade e inconstância de hormônios. Não gosto dessa enrolação feminina. Não gosto desses adjetivos em mim. Mas nasci mulher e tenho que lidar com isso, gostando ou não.
Em minha opinião, qualquer ser humano está apto a ter atração sexual por ambos os sexos. O problema está nos conceitos que aprendemos como o certo e errado. Acompanhe o meu raciocínio senhor leitor: Imagine se colocarmos duas crianças nos seus primeiros anos de idade para viver em uma ilha deserta. Dois meninos para ser mais exata. Os dois crescem juntos, convivem todos os dias sem interferência da sociedade. Imagine os dois já adolescentes e a testosterona de ambos está à flor da pele. O que aconteceria, senhor leitor? Eles cederiam aos prazeres do sexo ou se colocariam a pensar se o que queriam fazer era uma blasfêmia e se iria trazer a ira de Deus?
Será que todos seres humanos nascem com sentimentos homofóbicos? Acho que essa forma de ver o mundo é aprendida e passada assim como certas manias são passadas de pessoa para pessoa.
Muitos pais preferem renegar seus filhos a ter um homossexual como prole. Muitos pais preferem se iludir achando que homossexualidade é fruto da influência de terceiros quando se deparam com tendências homossexuais em seu filho (a). Mas o que eles não conseguem, ou não querem, ver é que quanto mais impõem suas opiniões aos filhos, mais eles irão se afastar deles. Mais terão sentimentos de mágoa podendo até chegar a ódio. 
Não estou dizendo, querido leitor, que os pais devam aceitar a homossexualidade como o certo. Isso não, pois iriam trair as próprias verdades. O que quero dizer é que deveriam respeitar. Ninguém escolhe a sua opção sexual ao nascer. Se escolhessemos, eu pediria para ser heterossexual. É mais fácil andar conforme a massa.

E VIVA O LIVRE ARBÍTRIO!