12 de outubro de 2009

Estátuas Humanas

Para mim, palavras que não provem dos nossos sentimentos são insignificates palavras ao vento.

Argumentos não colocados sob a autoridade da autocrítica pecam pela falta de imparcialidade.

Frases prontas podem ser comparadas à mentiras quando não andam no mesmo passo do verdadeiro sentimento.

Enquanto escrevo sinto a dor das palavras que não vieram do coração. Sinto a dor das palavras que foram proferidas para ironizar. Sinto a dor das minhas palavras que são inaudíveis para a pessoa mais importante da minha vida. Sinto a dor por estar no meio dessa loucura de contradições.

Pensamentos engessados geram frases engessadas e atos repetitivos.

Sonho em um dia poder conhecer a compreensão dessas pessoas. Não a compreesão superficial que vemos ao montes, mas sim a compreensão que vem do coração.

Minha alma se despedaça a cada olhar de superioridade.

Em quem devo confiar?

Quais palavras devo dar crédito quando são jogadas ao vento com persuasão?

Ainda não tenho uma estrutura sólida suficiente para suportar isso tudo com calma na voz e nos pensamentos.

Minha consciência se rebela para me escutarem, porém a minha voz morre na escuridão dos corações engessados.

É errado sintir a esperança de pensamentos melhores?

É errado esperar a brisa da verdadeira humildade? Não quero mais encarar a humildade cobrada.

Não vejo em mim as forças necessárias para lutar contra gerações fabricantes de estátuas humanas.

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