5 de julho de 2009

Ataque de Pânico - Desfecho (3)

Durante o resto do caminho - de ônibus - para casa da minha avó, a minha cabeça parecia que ia explodir de tantos pensamentos. Mas uma coisa me parecia clara: Eu devia consultar um psicólogo. Eu percebi que aquela situação não estava ao meu controle e que eu precisa resgatá-lo de alguma forma. Me sentia mal por causa da minha mãe. Ela parecia estar mais preocupada com tudo o que acontecera do que eu mesma. A dor dela era a angústia. Angústia de não saber o que se passava em minha mente. Angústia por não conseguir me ajudar. Eu entendo que, para ela, foi difícil assistir tudo à margem do que eu sentia. Peço desculpas a minha mãe por causar tantos problemas. (Sorry Mamy! Ja t'aime, Aishiteiru, I love you, Eu te amo! xD).

Tinha consciência de tudo e ao mesmo tempo de nada. No resto da semana entrei em depressão esperando a consulta da psicóloga, que aconteceria na sexta feira daquela terrível semana. Para mim, os dias passaram lentantamente. Torturantemente lento. Eu tinha traçado vários planos, como: Abandonar o curso e não fazer a prova da Uerj (afinal, eu 'resolvi' ter vários problemas psicológicos um mês antes da prova). Tudo de negativo que poderia acontecer na minha vida, eu imaginei. Depressão é a pior coisa. Mesmo.

O nome da minha psicóloga é Márcia. Gostaria de parar um momento para falar sobre ela. MEOW ela tem 50 anos e tem rosto de 30! Ela deve ter descoberto alguma fonte da juventude e se afoga nela todo dia. E eu nem acredito que olhos azuis é um característica recessiva porque aqueles olhos são realmente dominantes! Toda semana que eu vou lá, a primeira coisa que eu penso é: "Acho que os olhos delas estão mais claros e acesos do que semana passada" É de lei. Sem comentários sobre a casa dela! É nessas horas que tenho vontade de me tornar um pivete e colocar aquela tevisão de 42" LCD no meu bolso e sair correndo. HUSAHUASHUASHUASHUASHU Brincadeira!
Ela é extremamente educada e receptiva. Logo me senti a vontade com ela. Primeiro ela me pediu para descrever o que acontecera comigo. Ela, pacientemente, me ouviu. E depois ela me esclareceu bastantes coisas. Descobri que eu tive, o que se chama, Transtorno de Ansiedade e que isso é uma 'doença' comum. Hoje, eu não considero uma doença e sim um estado mental que a pessoal está passando. A diferença é que, se não for tratado ou controlado, pode piorar ou se estender por muito tempo. Descobri, também, que esse Transtorno pode aparecer de várias formas e que varia de pessoa para pessoa.

Eu ainda estou em tratamento, mas já me considero, de veras, melhor. xD

Obrigada pela sua paciência em ler os meus textos enoooooooooooormes.

Voltem sempre.

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